Essa coisa de post curto não tá com nada!
Coisas me acontecem e eu TENHO que contar nem que seja para eu lembrar na posteridade.
Pois bem, chove em Londrina, uma chuva que não dá trégua, todas as minhas roupas já não aguentam mais estar ensopadas a cada vez que eu saio, elas pedem por favor um dia de sol, meu velho allstar guerreiro já se rendeu ao barro e a água, não tem volta, meu sapato querido teve sua vez hoje, mas como me machucou, isso tudo é raiva? Minhas roupas não querem mais me vestir com medo de não ter mais volta.
Bom com a chuva acontecem coisas que só pagando pra ver...
CENA 1!
Estava eu ontem esperando o ônibus para que eu pudesse ir para casa gravar umas cositas e voltar para o estágio. Chovia. Eu esperando, com mais umas 7 pessoas no ponto e eis que chega um senhor [no auge dos seus 60 anos], com brincos de pedras quase diamantes, pulseiras, jaqueta jeans acinturada, calça justa, salto alto de corda [com os dedos agarrando a frente como se ele estivesse de chinelos raider], segurando um guarda-chuva com uma mão e com a outra passava um gloss, porque sombra ele já tinha; semi-careca com os restos dos fios pintados em um tom acajú... [=O] não é preconceito, meus olhos só não estão acostumados ainda, pensei estar participando de uma pegadinha... Ele subiu no ônibus e eu fiquei no ponto com a minha cara de espanto, um espanto só meu porque parece que só eu tinha visto aquela cena.
CENA 2!
Estava eu hoje no terminal do shopping à espera do meu querido amado ônibus para retornar a minha casa. Aborrecida com a demora olhei para a TV e lá começava Hércules. Estavamos em 3 pessoas desconhecidas no mesmo banco, mas todas respeitando suas respectivas bolhas de proximidade, eu me sentia bem, sentada, semi-seca, vendo desenho; até que.... poxa vida né, bem do meu lado?
Uma mulher já com certa idade chega afobadinha e pergunta a mulher sentada ao meu lado: Já passou o 213? A mulher gentilmente responde que havia acabado de passar, e a questionadora fala a frase que me perturbou: Ai, vou me sentar, dá uma licencinha? Abrimos espaço para ela que sentou entre a mulher que respondeu e eu. E lá começa o papo...
_Ai vim aqui no shopping a procura de trabalho! Tô passando necessidade sabe... nem almocei hoje, meu estomago está até "assando" [é foi esse termo que ela usou].
Eu me virei e falei: Ah é! Nossa... [sem reação, porque que reação eu podia ter?]
E ela continuou perguntando, onde a mulher morava e depois perguntou pra mim e eu respondi, bem como respondi que não precisava de faxina. Fiquei com dó sabe, dai vasculhando minha big bolsa achei um cookie da bauducco com gotas de chocolate que eu adoro e ofereci para a mulher.
Ela nem agradeceu, pegou o pacote, abriu, tirou a bolachinha deliciosa, perguntou se era salgada, mordeu um pedaço, amassou o pacote e jogou no CHÃO!!!!!! [como pode ser uma boa faxineira fazendo isso, sendo que o lixo tava logo alí], virou-se para mim [e eu pensando que ela ia agradecer] e perguntou:
_Você não teria quatro reais pra me dar?
[Poxa vida hein! Te ofereço a mão, você pega o braço e pede o meu corpo inteiro?]
Tem gente que não tem noção!
Cenas dos dias de chuva vão além das minhas roupas ensopadas...muito além!
Um comentário:
pri
só vc
so vc
tive que narrar a situação pra Sara aqui.. hahahaahah
sem comentários
eu ainda acho que a sua vida é mais emocionante
hauahuahahaahuh
Postar um comentário