Terça-feira de um dia comum, de uma semana comum , de uma chuvinha nada comum...
Acordei como num dia de sol e depois do ritual matinal fui trabalhar. A igreja ali perto estava de luto por alguém muito importante que nem ao menos eu soube quem era e tudo transcorria normalmente. Mas as 5 horas, quase que exatamente, uma chuva despencou e inundou os olhos de quem via o sol se pôr. E as 5 horas a escola tocou seu sinal final para a saída de alunos.
As 5 horas o cortejo saiu, uma carreata em meio a tempestade. As 5 horas o transito não acontecia. As 5 e meia a calmaria e só a chuva caia e todos comiam paçocas no escritório.
As 6 horas o tormento da dúvida, minha mãe me espera ou minha mãe me deixa? Desci as escadas e lá estava mamãe, em frente a escola, a minha espera, tentando enxergar os números do celular para me ligar [que alegria, ela ainda me ama!].
Entrei no carro rapidamente, [eu sei que eu moro a menos de 5 quadras do trabalho, mas tava chovendo né] lutei contra o guarda-chuva molhado que estava tranquilo apoiado no banco da frente...maldito, me molhou as pernas, fechei a porta e planejei o que faria até a hora do sukiyaki mais a noite. E então o carro em movimento percorreu a primeira quadra, a segunda... e foi quando inesperadamente uma moto caiu em nossa frente após colidir com um carro, derrapando até parar debaixo do parachoque do nosso carro. No reflexo a freada, a chuva, a derrapagem...
Desço apressada do carro e um médico do exército já estava checando a vítima [De onde ele surgiu? Como ele chegou antes que eu descendo do carro? Um anjo?], falava calmamente para não causar alarde, mas eu já tremia [mais do que tremo diáriamente] e ele dizia, segure o pescoço dele assim, assim, entendeu?! Eu entendi mas minhas mãos entenderam? E mais chuva, chuva e chuva.
Bombeiros, SAMU, alguém!? 10 minutos para a chegada do resgate, 40 minutos o B.O. e em uma hora o sukiyaki beneficente!! Programar o tempo não foi o forte da noite, tomar chuva também não. O moço está bem, consciente, [mas...] A chuva parou.
E então após secar os cabelos e trocar de roupa o sukiyaki beneficente [beneficiando meu estômago], me morrerei de comer... e comi! Comi! Comi! [Causei espanto!] Não sobrou espaço, o frio até passou, conforto térmico de um sukiyaki não tem preço.
E depois, no conforto de casa, tudo pareceu não passar de um sonho, com direito a paisagens pictóricas de dias ensolarados encobertos por sombras seguidos pela chuva e, com sua passagem, a calmaria. Só me resta acordar.
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